De lenço na mão.
Terminou há pouco a transmissão da grande reportagem emitida pela TVI - MULHERES DA GUERRA - que vi atentamente e que, a cada minuto que passava, me faziam tolher os nervos, me enegreciam a alma, me paravam a respiração e me deixava sem palavras.
Foram poucos minutos de emissão, mas largos na sua plenitude, na recordação das memórias inexoráveis da desgraça, das lembranças de anos perdidos, da dor e da tristeza.
Bebi, sábias palavras, saídas da boca de mulheres e filhos.
Pensei nos meus que da guerra, felizmente, apenas sabem o que o Pai lhes conta.
Cheguei ao fim, emocionei-me, chorei e vou guardar o lenço que me enxugou aquelas gotas salgadas, para, junto do meu espólio "pós mortem", sirvam como memória futura.
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