Mais uma pequeno história vivida , no período militar, em Cabo Delgado.
APONTADOR DE MORTEIRO
Mais uma saída para uma operação no Vale de Miteda, com segurança dada pelo esquadrão de cavalaria, ao longo das picadas....
As armas que levávamos, além das G3, eram a basuka e o morteiro de 60, e deste apenas o cano, portanto sem o estribo e a mira.
As granadas de morteiro eram levadas numa sacola igual ás que transportávamos as refeições e por regra estavam sempre junto ao apontador.
Só que, não me recordo porquê, o apontador não foi nessa operação.
Abandonámos o esquadrão e lá fomos nós pelo mato dentro para o nosso objetivo, que desta vez não era assalto a base mas sim de marcar presença e possível contacto com o inimigo.
Á noite, fizemos o respetivo circulo de segurança para a pernoita.
O silêncio da noite ouvia-se, perfeitamente, choros de bebes o que pronunciava a presença de população bem perto.
Todos nós estávamos atentos, por mim, como sempre dormi mal, passei quase toda a noite em vigilância aos turnos.
De manhã, sempre presente os barulhos da véspera, tivemos que sair da zona de proteção da floresta e entrámos num campo mais aberto e muito mais plano.
Com as cautelas devidas, lá fomos andando quando de repente sofremos uma flagelação, vinda de longe.
Paramos imediatamente e como perto de mim estava o camarada que transportava o morteiro, imediatamente lhe disse "segura no tubo que os tipos calam-se", e dito isto coloco a primeira granada, coloco a segunda e faço um tempo de espera para ouvir onde elas rebentavam e assim poder corrigir o próximo tiro.
Esperei... esperei e nada, entretanto eles pararam com o fogacho e eu cheguei á conclusão que não tinha tirado as cavilhas de segurança ás granadas.
Já não me lembro a quem competia retirar a cavilha, se ao municiador se ao apontador.
Ao certo sei que as pressas e a falta de experiência, muitas vezes dão nisto.
Provavelmente, mais tarde, apareceram montadas em algum fornilho, nas nossas picadas.
Linda - a - Velha, Agosto de 2011
APONTADOR DE MORTEIRO
Mais uma saída para uma operação no Vale de Miteda, com segurança dada pelo esquadrão de cavalaria, ao longo das picadas....
As armas que levávamos, além das G3, eram a basuka e o morteiro de 60, e deste apenas o cano, portanto sem o estribo e a mira.
As granadas de morteiro eram levadas numa sacola igual ás que transportávamos as refeições e por regra estavam sempre junto ao apontador.
Só que, não me recordo porquê, o apontador não foi nessa operação.
Abandonámos o esquadrão e lá fomos nós pelo mato dentro para o nosso objetivo, que desta vez não era assalto a base mas sim de marcar presença e possível contacto com o inimigo.
Á noite, fizemos o respetivo circulo de segurança para a pernoita.
O silêncio da noite ouvia-se, perfeitamente, choros de bebes o que pronunciava a presença de população bem perto.
Todos nós estávamos atentos, por mim, como sempre dormi mal, passei quase toda a noite em vigilância aos turnos.
De manhã, sempre presente os barulhos da véspera, tivemos que sair da zona de proteção da floresta e entrámos num campo mais aberto e muito mais plano.
Com as cautelas devidas, lá fomos andando quando de repente sofremos uma flagelação, vinda de longe.
Paramos imediatamente e como perto de mim estava o camarada que transportava o morteiro, imediatamente lhe disse "segura no tubo que os tipos calam-se", e dito isto coloco a primeira granada, coloco a segunda e faço um tempo de espera para ouvir onde elas rebentavam e assim poder corrigir o próximo tiro.
Esperei... esperei e nada, entretanto eles pararam com o fogacho e eu cheguei á conclusão que não tinha tirado as cavilhas de segurança ás granadas.
Já não me lembro a quem competia retirar a cavilha, se ao municiador se ao apontador.
Ao certo sei que as pressas e a falta de experiência, muitas vezes dão nisto.
Provavelmente, mais tarde, apareceram montadas em algum fornilho, nas nossas picadas.
Linda - a - Velha, Agosto de 2011
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